Capítulo 13: um pouco de treinamento.
— As pessoas s?o obrigadas a serem fortes, mas apesar disso, a maioria somente é um bom ator.
Riley Yuki
Um mês se passou desde o dia em que assumi uma rela??o de professor e pupilo com Aria. Meus dias n?o foram muitos… divertidos, por assim dizer.
Meu cotidiano consistia em: acordar, explorar a floresta, ca?ar, voltar para a caverna, conversar com Aria e treinar magia. Por mais que no come?o fosse interessante, agora, já estava ficando cansativo.
Ironicamente, eu nunca fiquei entediado no meu antigo mundo por causa da internet, e ainda ousava ficar fantasiando como seria morar em outro mundo, pensando que o meu mundo atual é entediante, e agora, estou em outro mundo, mas entediado. A magia, outrora encantadora, se tornou parte do meu cotidiano, invertendo que antes eu via como incrível, em algo chato.
Bom, n?o t?o chato, mas n?o é t?o excitante quanto antes. Quase tudo se torna chato quando se torna consueto. Bem, mesmo no início, n?o era excitante; quase morri várias vezes.
Ao menos, aprendi muitas técnicas de medita??o, e sei muito mais sobre meu poder de leitura de mentes; agora, consigo ler mentes duas vezes na semana, e usar minha leitura de emo??es duas vezes ao dia. é uma evolu??o notável.
Apesar disso, n?o descobri mais nenhum poder nonsense. Provavelmente a deusa estava mentindo sobre eu ter mais de um, mas se ela realmente falou a verdade, ent?o meu segundo poder nonsense seria regenera??o avan?ada e absor??o do poder dos monstros.
“ótimo. Agora, concentre a mana em seu corpo, manipule ela, fa?a-a fluir por suas veias. Agora, concentre em uma única unha.”
Segui todas as instru??es de Aria, e minha unha cresceu. tentei fazer ela ficar afiada, dura, e conseguir; depois disso, manipulei a mana de forma a entortar minha unha, e ela deu um giro.
“ótimo! Você aprende muito rápido. Agora, tente fazer uma unha assim, só com apenas com mana.”
“Sim.”
Quase que imediatamente, uma luz apareceu no ar e uma unha flutuante, torta e afiada apareceu.
“Isso! Parabéns, você melhorou muito!”
“Tudo gra?as a você, professora Aria.”
Agradeci a Aria; n?o apenas por gratid?o, como também para gerar aquela dopamina básica no sistema cerebral dela; se você inevitavelmente brilha mais que seu professor, obrigatoriamente deve reconhecer o seu sucesso como “apenas gra?as a ele”.
A maioria das pessoas ficam muito felizes quando parte do sucesso dos outros tem uma parte sua, pois isso significa duas coisas; que a pessoa precisa de você, ou precisou, e que agora, ela provavelmente tem uma dívida com com você Claro, em salas de aulas normais, tal dívida é quase inexistente; seus pais que pagam os impostos que sustentam o salário dos professores, e se for em escola particular, melhor ainda. Todavia, é uma estratégia eficaz.
As pessoas se sentem amea?adas por pessoas que parecem ser independentes demais. Claro, é impossível n?o depender de ninguém, pois há coisas que você n?o sabe fazer e que outras pessoas far?o, e até se você sabe fazer, ainda precisa de outra pessoa te ajudando porque você n?o pode se multiplicar. Além do mais, se você se alimenta, logo, depende do ambiente ao seu redor para viver, e da comida…
Imagine, alguém que n?o precisa de você pode te abandonar a qualquer momento. é ir?nico, n?o? Por isso pessoas que talentosas demais acabam com poucos amigos, porque dificilmente alguém acima da média tem uma amizade verdadeiro com alguém abaixo dela. é quase inevitável que eles se separam e trilhem caminhos diferentes.
“Ah.”
Eu suspirei, mergulhado no mais absoluto tédio. Apesar da minha evolu??o estar sendo rápida, e eu descobrir partes novas da floresta todos os dias, ainda estou entediado.
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Talvez… eu devesse jogar algo?
“Quer jogar um jogo?”
Com uma express?o de tédio no rosto, questionei Aria, que olhou para mim com uma express?o serena.
“Que tipo de jogo?”
“Bom… só um instante… que tal jogo do opositor?”
“Como ele é?”
Basicamente, jogo do opositor é jogo da velha, só com que sinais diferentes. Eu já n?o queria mais esconder o fato de que eu era um reencarnado; a própria Aria sabia disso; descobriu há três dias; eu apenas finjo que n?o sou e que n?o sei que ela sabe que n?o sou e ela finge que n?o sabe.
“As regras s?o as seguintes: há dois tipos de símbolos, a bolinha, e o x. Há duas linhas entrela?adas; duas na horizontal e duas na vertical. O X ou a bolinha deve ser colocada nos limites dessas linhas e nos quadrados entre elas. Quando você faz três pontos, ou seja, coloca três do seu símbolo alinhados, seja na diagonal, vertical ou horizontal, você deve riscar uma linha entre eles, e você ganha.”
“Entendo.”
“ótimo,vamos come?ar… ah, e mesmo que normalmente se comece com o x, eu come?arei com a bolinha porque eu quero e porque eu posso, e porque sim.”
“Ok….”
Desenhei quatros linhas se entrela?ando, duas na horizontal e duas na vertical usando néctar e desenhei uma bola na parte central do tabuleiro.
“Sua vez.”
“X em c-2.”
Imediatamente entendi que ela organizou mentalmente os quadrados em colunas a, b e c, e as linhas, em 1, 2, e 3, e estava se referindo a parte central da última linha do tabuleiro. Eu coloquei lá, e depois fiz minha jogada na coluna A, quadrado 3.
Aria bloqueou minha tentativa de ganhar colocando um x na casa c-1, e eu coloquei uma bola na casa B-3.
Ela perdeu; se ela colocasse em em qualquer outra casa, iria perde. Se ela bloqueasse em B-1, ela perderia para C-3. E vice-versa.
“Prefiro xadrez; depende mais da intelectualidade, e n?o apenas de quem apenas mexer a primeira pe?a.”
“Que assim seja.”
Modifiquei mana em um tabuleiro artificial de xadrez; o fiz de forma instantanea; já havia me acostumado a materializar mana.
“Você come?a, ou sou eu?”
Aria sorriu: eu come?o.
***
Aria Virelai.
Joguei pe?o branco E4, e Riley Yuki, pe?o E5. Quase que imediatamente, joguei bispo branco de casas brancas C4. E Riley Yuki rapidamente respondeu minha jogada com pe?o preto F5.
A principal raz?o pela qual utilizei a abertura pe?o da dama, foi porque isso me permite ter grande controle sobre algumas casas centrais, expandindo meu território e limitando os movimentos do meu oponente. Já o meu bispo em c-4, possui vários motivos, mas os principais s?o: para press?o no ponto f7, pois bispo em C4 mira diretamente para a casa f7 das pretas, que é um ponto vulnerável por no início ser pouco protegido. Isso pode criar chances para ataques rápidos caso as pretas cometam erros, já que f7 é crucial na defesa do rei.
Eu Também desejo um desenvolvimento rápido com o bispo já desenvolvido e o pe?o em e4 controlando o centro, as brancas têm a chance de desenvolver rapidamente o cavalo para f3, preparar o roque e colocar outras pe?as em jogo. Esse desenvolvimento rápido permite que as brancas tomem a iniciativa e imponham press?o desde o início.
N?o apenas é uma abertura forte, como também posicional e flexível: O bispo em C4 permite uma partida tanto com ideias de ataque quanto com op??es de posicionamento sólidas. As brancas podem continuar de várias formas, como preparando o roque, movendo o cavalo para f3, ou avan?ando d3 para sustentar o centro e proteger o pe?o em e4.
Prepara??o para o Controle do Centro: A ideia é manter o centro firme, com planos como d3 ou mesmo d4 em algumas variantes, criando um jogo equilibrado de controle de centro e possibilidades de ataque.
Esses fatores tornam o bispo em C4 uma jogada clássica e poderosa. é uma abertura que pode levar a um jogo dinamico e que permite às brancas adaptar sua estratégia conforme a resposta das preta. Por isso, apliquei esta tática.
A partir de ent?o, nosso jogo se seguiu sem muitas complica??es. Ele fazia uma jogada forte, e eu retribuía com outra. Depois de 20 minutos jogando, o jogo finalmente chegou ao final.
“Empate.”
Sinceramente, n?o sei o que dizer sobre ele. Como se n?o bastasse ser um monstro quando se trata de magia, ele ainda é talentoso na intelectualidade? Um monstro com a aptid?o mágica dele só surge de forma natural há cada 50.000 anos, imagina um que consegue jogar xadrez neste nível sendo iniciante… ou n?o.
Durante esse mês que fiquei com ele, percebi duas coisas: a primeira é que ele é um reencarnado, e a segunda, é que a habilidade de ler mentes dele só funciona algumas vezes na semana.
Percebi que ele era um reencarnado quando ele demonstrou saber diversos conhecimentos que um mero animal que só adquiriu consciência n?o saberia por nunca ter estudado tais assuntos.
Barulho.
Um barulho alto interrompeu abruptamente meus pensamentos. Olhei rapidamente para trás só para ver um drag?o voando… enquanto lutava com um…. Unicórnio?
Unicórnios cospem fogo?!
“Caralho!!”
Pela primeira vez na minha vida, vi Riley t?o surpreso; esta provavelmente foi a única express?o que n?o fosse tédio, divers?o ou interesse que eu havia testemunhado ele fazer em todo o tempo que eu passei com ele.
Todavia, a express?o dele n?o se resumia apenas a surpresa; s?o uma enorme mistura de surpresa, contempla??o e… medo.
Eu também fiquei com medo.
Eu quero correr, mas sei que n?o consigo por causa da minha alma presa em um medalh?o de ouro sem nenhum valor, quem me dera pudesse ter o real poder, n?o o fútil, que só parece, mas nada é; só é algo na frágil e falha imagina??o humana.
Eu quero correr, fugir, escapulir, sentir meus pés tocando no ch?o e escutar o barulho produzido por um passo rápido e sair daqui, mas eu n?o posso.
Ent?o Yuki teve que correr por mim, e ele de fato correu por mim; ele correu pensando apenas em si; e mesmo assim, correu por nós dois.